sábado, janeiro 28, 2006

QueDa.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Estrada



Chego em um lugar onde não existe continuidade de lugares.
Daqui, eu não posso voltar(ei). Rebato toda sua critica. Admiro o ifortuno.
Descomum. Des. Des. I.
Eu.
A pé, 34° na cabeça. A historia já é sabida. Depois de uma briga com aquela vaca um corte incisivo em meu abdomem e agora eu carrego todo meu intestino grosso nos braços. Você já tocou algum orgão humano algum dia em sua misera vida?
Pois é, carrego o meu orgão nos braços como se fosse minha prole. O intestino grosso é muito estranho de se tocar, parece uma bexiga cheia de farinha com um pouco d'agua e com a superfice totalmente lubrificada. Escorregadio. Pulsante ainda. Digo que fede muito. Como merda misturada com comida recém-preparada. Calor que calor. E caminho ainda. Eu quero viver, escapar disso e virar piada de um pronto socorro interiorano. Mas se não há carros, imagine hospitais.
Desconfio de que seja umas duas da tarde. Meu cú doe muito. Deve ser a conexão do reto com minha "cria".
Não consigo olhar para o que estou carregando. Enfrente sempre enfrente. Por que?
Tudo se mistura quando você tem certeza da eminência da morte, e não aquela velha historia de "um dia eu vou morrer mesmo". Pensamentos desconexos. "Como você pode desistir?", "você tem que ganhar!".....dificil.
Até que o inusitado vem como uma sedenta alucinação. Vejo. Vejo na beira da estrada um pequeno vidro. Minhas forças de longe não estavm mais comigo. Mesmo assim eu fui ver o objeto reluzente. Foi onde constatei que na verdade eram dois objetos faiscados pelo astro rei.
E eu não estava enganado. Era uma ampola. Morfina. E o melhor, tambem existia uma seringa.
Não fazia idéia de como eu poderia ter encontrado tal alegria no meio do "Nada". Como? Quem muito pergunta muito nega, não é? Então foda-se.
Mas meus braços estavam ocupados tentando salvar minha quase-vida. E agora?
Como eu vou pegar a ampola e a seringa aplicar sem deixar as minhas viceras interligadas cairem como merda (literalmente) no chão?
Mas percebi algo estranho. Sombras. Vultos. E quando eu olho para cima eu compreendo que realmente eu preciso desse opiacio. Abutres ou urubus, nunca sei a diferencia desses vermes com asas. Estavam atiçados pelo cheiro que eu estava exalando.
O ataque era uma questão de tempo. Já ouvi relatos de pessoas baleadas jogadas no mato proximo a estradas, que perderam seus olhos, pois essas aves atacam primeiro a visão da vitima. Assim como alguem come primeiro a azeitona de um Martini. A dor deve ser horrivel. Mas do que eu estou pensando...estou com um rombo na barriga e com quase tudo de fora. Dor...humpf!
Decidi morrer.
Deitei de barriga para o céu ao lado da morfina.
A quem eu tentava enganar? Onde eu conseguiria chegar nesse estado?
Era uma questão de sorte morrer logo.
Peguei e preparei a extra-dose. Injetei não sei porque na bunda. Nadega esquerda.
E a viagem veio e me carregou. Calor, mas um calor maternal senti naquele momento.
Mas infelizmente estava lucido ainda. Lucido o suficiente para ver o primeiro Carcará pousar em meu peito. E o segundo. E o terceiro...
Eles bicavam, tiravam um pedaço, outro e mais outro. Eu percebi quando eles chegaram no estomago. Um deles furou e caiu para trás por causa do suco gastrico.
E minha loucura aumentava a cada orgão degustado.
Até que encarei um urubu nos olhos, ele era estranho. Ele tinha um pouco de sardas.
E foi dele o golpe fatal. Com uma bicada direta no coração. Antes do fim ele me olhou de novo, e eu juro, eu o vi chorar sobre meu colo e coberto pelo

meu sangue e degetos vicerais...

ThiagO D.

terça-feira, janeiro 24, 2006

FIM.

-Esse lado para si.-

"O desastre faz parte da minha evolução natural rumo à tragédia e à dissolução.
Estou rompendo meus vínculos com a força física dos bens materiais,porque só destruindo a mim mesmo vou descobrir a força superior do meu espírito.
Arrebente esse lacre, quebre a saida de esgoto intestinal do seu cérebro, exploda sua vida, cate os restos dos restos e sinta a verdadeira liberdade.
Não sou nem Ômega nem Alpha, cada dia menos flor mais espinhos, aí sim serei ninguém como você!"
De que serve essa merda de vida? De que serve essa merda de realidade?
Você nem quer saber onde moro, o que sinto, como alimento meus filhos ou como vou pagar o médico se ficar doente, e sim, sou frouxo, chato e estúpido, mas ainda estou sob a sua responsabilidade...humpf...o mundo não tem salvação...e nem precisa ser salvo.
Não se engane, você é um anormal assim como sou tambem...Você já cortou sua pele até sangrar? Bebeu o proprio sangue e se divertiu com isso? Passar a noite de bar em bar e beber tudo o que o seu corpo já não aguenta ou nunca aguentou?
Vá enfrente...destrua a si mesmo, é a unica saida, somos a escória, termine com isso por que...
...Eu terminarei isso logo, logo!
-alguém que você já foi.-
C'est votre vie!


extrémité.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Quarta's Black Nights

E lá estava eu...
Tentando consumir algo. Quarta-feira, nada mais do que isso.
E ao cinema eu me arrastei.

Sessão:

Um café era preciso, para o paladar e para uma subita lucidez.

Mulher.

Mas que estilo, lindissima... oculos escuro no hall do cinema....perfeito.

- Por favor, o açucar? - e foi a mim essa pergunta. É engraçado como tudo vem ao meu encontro.

Entreguei o açucar, mas ai percebi algo inusitado. Ela era cega!

Mulher fascinante, um papo gosotso igualmente como seu corpo. Mas eu não podia deixar de fazer a pergunta fundamental:

- Escuta, estamos conversando já alguns minutos...mas não sei o seu nome.- ela sorri com o meu pedido de indentificação.

- Monique, querido.

- Então você pode me chamar de Bartô, bom Monique, eu queria te fazer uma pergunta...eu percebi a sua condição, e confesso que me deixa um pouco intrigado em saber por que você vem ou veio até o cinema.

Silêncio.

- Querido Bartô... percebi que você está curioso e não me julgando. Isso é muito bom. O que acontece é que eu não tenho as mesmas referências que você, eu nasci cega. E estar no cinema é só sentir no meu ponto de 'vista'. Odeio ir em uma sala vazia para ver um filme por exemplo. A trilha sonora, as falas (que inclusive eu tenho abilidades com varias linguas, só não assisto filmes orientais por motivos obvios) e principalmente o publico da sessão, tudo isso faz parte de um contexto que me transmiti o que eu quero sentir, admito um pouco de vicio nisso. - ela me brinda com um lindo sorriso no ponto final.

E a sessão começa.

Me senti um jovem novamente. Peguei em sua mão e ela retribue com a firmeza de seu toque.

Então a beijei.

Ela sussurra algo sobre o apartamento dela. Minha aceitação veio de orelha a orelha. E embarcamos nas ruas desgovernadas em busca de um apê que eu nem imagino como seja.

A porta se abre, assim como a minha percepção. Tudo era desconexo, estranho......como?

Um poster. 1984.

Um grafite na parede. Uma pin-up dos anos 50.

Tudo tinha tanta ligação com o olhar. Não-compreenção.

Eu precisava. Então com cuidado saquei meu porta-maldição pequenino. Mas ela escutou, e questionou-me sobre o que estva fazendo.

- Monique, eu preciso tomar, preciso. Eu preciso sentir mais.

- O que? O que você precisa fazer?

- Tá, eu tenho aqui um Budha-I-Can....você não deve saber do que se trata, mas isso é grosseiramente conhecido como um tipo de LCD. E eu preciso tomar porque essa situação é chave para mim. Seu apê, você, tudo.

- Eu quero também. Sempre tive curiosidade!

Silêncio viceral.

Como eu posso fornecer acido a uma mulher cega de nascença?

Ma eu o fiz. Despejei dua gotas debaixo de sua lingua perfeita, e partir para 5 na minha não tão perfeita ssim.



... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...


Sexo febril. Passo pelos os olhos dela. Agora eu sou ela!

Eu enchergo o meu querido Bartô. Ele é feio. Muito, muito.

Enchergo também a minha vida como um inteiro. E vejo que sempre vi, sempre encherguei.

Quem sou? A sensação de outra a mim entristece-me. Cores, será que é isso que dizem? Cores, uma me trás um calor, mas não é na pele que sinto isso....calor....outra me trás frio, não me arrepia.....frio.

E finalmente uma que eu sempre encherguei, o nada......a ausencia dessas sensações que tive.

Quem é?

Ele já gozou.....e fundo... senti como se fosse me furar.....estou derrubada. Que mal gosto.

Acabou.


Ele foi embora. E eu também, apesar de ter ficado.

Na manhã seguinte não restou mais do que um cheiro de trepada no meu quarto e uma febre de

39 graus...




ThiagO D.




domingo, janeiro 22, 2006

Passa.do

O mundo parecia mundo ali dentro.
Placa:
Babilônia Night's.
Eu e eles. Stand by me. Quatro, não mais em uma noite da paulicéia.
Isso mesmo, um mediano puteiro...Até o Fagner estava lá em lugar privilegiado, as caixas de som.
Grandesa já não é minha principal caracteristica a muito...Agora o Pepe, sempre. Palhaço .
A primeira puta veio com um sorriso lindo e as mãos mais lindas ainda.
Mãos portatoras do coelho branco.
Pepe, Zaga e o Nova aceitaram logo de primeira, patético.
A eles foi bom, apesar de caro.
A segunda puta veio com um olhar perdido e as mãos mais ainda.
Ela vem diretamente em mim. Mãos com o coelho cinza.
Foi então que a reconheci. Cecilia.
Amor e juventude.
Como poderia?
- 50$ só ou 80$ completo! - ela sussurra. Ela também reconheceu-me.
Optei pelos os oitentistas. E assim fui até seu coloril covil.
- Heleno! Me ajuda pelo amor de Deus!! - seus olhos já não estavam mais perdidos, estavam alucinados.
- Cê o que te aconteceu ?
- Lenô, eles me viciaram..preciso de você!
Ela me abraça forte, eu retribuo...dizer que choramos ali ficaria até redundante...mas não choramos. Nos desejamos.
Na parede havia um quadro do Andy Warhol...uma banana.
Como poderia, ela que veio do passado?
Não é esse passado que eu sinto com confusão agora.
E assim eu coloquei um fim.
Um travesseiro, a cara dela, o sufocamento, os espamos, a morte...e mais 80$, pois eu pedi pelo completo e o tive!






ThiagO D.

Mente somente.

Fiz uma autoridade chorar...
Desobediência sentimental, subversão de comportamento esse é ponto de alcance mutuo.


"Quando um homem se vende, as vezes paga-se mais do que ele vale realmente, ou seja, nada!"



EM PARAFUSO.
COM VIRGINDADE.


HOMEM DEVORA, AUTOFAGIA.

HIBRIDISMO.

Devorar por mais que não tenha gosto, pessoas insossas. Gosto de você, gosto de gosto...
Infinidade de comportamento. Sangrar é uma necessidade, você é necessidade, eu um desperdicio.
Para matar a vontade de matar. Beber já não é a mesma coisa, disturbio. Ler é um veneno do tipo Doril*....amortecer...amor-tecer.
Transcendenter o ocidentalismo de mim que assiste o que eu faço na lacuna de tempo sobrio e o tempo narcotico.
Como poderei amor?
Chego em um ponto onde já não existem pontos. A ausência de pontos....o não-Aleph.
Atrair ou trair.
Estranhesa. É só.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Pergunta antes para alguém agora p/ outro alguém..


If you wake up at a different time, in a different place, could you wake up as a different person?


Não diga nada, sinta, remova, mova, morra denovo... só assim fale algo.

Preste Atenção na lacuna, no espaço...o vazio tem o que dizer!
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ThiagO D.

Como o Beebop..

Como o Beebop. Nos caminhos transoluveis do alto de 7 notas por compaço.
Maiorais. Sou.
Nas asas do Bird. Nas milhas de sr. Davis...uma parada....in sentimental mod...ah, Coltrane!
Djupadi prupá rá pá!
E segue as noite.s transpassadas...Androides a mil, senhores no covil imaturo do ritimo.
E jazzzzz!
Parar é um coito. Não, 'aghora'. Ave velóz, disonante bela que acompanha em meus espamos ritimicos...
Mais um por favor. Alcoolia noite a dentro. Voráz me 'sintho'. Be cool, be cold......be know.
Felicidade corrosiva....explosiva. Vamos lá garota, quero seu corpo ao lado do meu copo. Você me olha, retrubui meu desejo. E o som aumenta. E somos languidos agora, mergulhados, chorando desesperadamente em meio as gargalhadas.....e a musica acelera... e eu aumento o meu sentir, porque estou entorpecido....aumento as baforadas no saco..e você se preocupa, porque quer me consumir ali, eu quero me esgotar.....vamos, vamos.....voar, de encontro ao rei de todos os reis, pois ele me estapiará, despirá, e me jogara de volta como um novo alcólito. Lord, beecool..
E os aplausos.
Silêncio.
Mais aplausos.
Silêncio.
Acordo, quero te abraçar...e ser, simplesmente ser o seu abutre preferido. Pego chapéu e o casaco. Deixo para trás minha dama dos anos 30....por que hoje é uma nova noite!
Thiago D.

domingo, janeiro 15, 2006

Nada como estar no 2047.



-Você viu?

Ver, como eu posso ter visto?

Não vejo nada, só lembranças que hoje já não me dizem nada. Gostaria de saber como você está. Será?
Oco como ninguém.....atrás da droga perfeita, talvez eu a encontre em você, cuidado com o que você pensa... não é isso que eu quero, amor não me é mais de conhecimento nenhum..
Sem olhos ainda. Posso querer os seus emprestados. Não se assuste, estou sendo franco como um abutre!
Não quero estragar nada, melhorar sim, sempre.
A vida me espera para o melhor desfrute. Mas preciso de algo antes.
Talvez de visitar o 2046.
A ultima e aterradora prova.
Tudo se foi, todos falam, eu falo, mas preciso só dessa certeza... certezas não me agradam mais... nem perguntas... mas o ultimo me encomoda... não por ser mas por ainda estar ai para ser ultrapassado. Quando?
Breve.
Rinnngggg.
Espere, alguém na porta.
- OI!
- Olá!
Agora eu tenho uma visita... mulher lindissima.
- Olha lindo, te quero.... sua porra é mel para mim.
- Hããã... certo.
Olha, eu vou mas isso não é uma fuga, bem que queria... o que eu quero só você pode dar.
E dará!



Fecho a porta.

N° 2048






ThiagO D.

Non-neo

Amor.
Não.
Sim.
NÃO..
Desejo.
Certeza.
Certeza do desejo.
Quero e estou desejando, diferença enorme para o amor.
O amor se deseja tambem, mas se deseja frivulamente, pois a companhia é que realmente importa.
Desejo é consumo imediato, e apartir dele se pode amar melhor ou simplesmente sentir melhor.
Exemplos eu já tive, que o diga os vintinescos.
Só.

0%

Jazz & Alcoolia


Você já teve a sensação de ter morrido?
Você já teve a sensação de ter morrido e não saber o que te acontece hoje?











Primeiro trago.
O primeiro é o do desfrute, a doçura de apenas destruir o gelo, um brinde.
Segundo trago.
O segundo é o da constatação, tudo se encacha em meio de argumentos desconexos.
Terceiro trago.
O terceiro é o da comtemplação, a abertura do proximo lhe fascina e te trás um calor na região do peito.
Quarto trago.
O Quarto é o do desejo, o calor se espalha e tudo parece possivel.
O quinto trago.
O quinto dependerá do resultado do quarto, na maioria das vezes é o da loucura, póis a descepção chega ser saborosa e se você não entender isso.....é o fim.










ThiagO D.

sábado, janeiro 14, 2006

Vicineos

A muito eu encontrei a Vânia.
Na epoca ela me oferecia saliva para o meu arranhão na perna.
Totalmente doce, usurpadora.

Hoje ela está internada.
E eu preso.

Mas nada mudou.






Ninguém vive duas vezes...
Mas morrer, isso é uma possibilidade.











ThiagO D.

Outrora onirico

A violência dos malditos é a santidade dos belos...
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ThiagO D.


sexta-feira, janeiro 13, 2006

Provérbios do Inferno...(homenagem)

"O que te faz?..."


Os Poetas antigos animaram todos os objetos sensíveis com Deuses e Gênios, nomeando-os e adornando-os com os atributos de bosques, rios, montanhas, lagos, cidades, nações e tudo quanto seus amplos e numerosos sentidos permitiam perceber.E estudaram, em particular, o caráter de cada cidade e país, identificando-os segundo seu deidade mental.

ThiagO D.

Quinta's Black Nights


-Sede, tenho!-






Subúrbio................no trem eu embarco. Hoje é dia de Satã. Especificamente, da mulher dele. Amigos brotam através dos bytes do outro espaço, um espaço agora colorido. Outro. Eles dizem outro para mim, para o mimo, para o minimo. Minimamente contente hoje.
Mas as possibilidades são otimas.
Certo. Agora. Favores não consegui....pobre Gabriela (faxineira de cenas de homicidios), tanto é sua vontade de fuga e eu não consigo transformar a mentira em uma verdade palpavel.
Terno, por que a dama de exofre gosta de alinhamento.
Chapéu, por que a dama da dor quer boémia.
Dinheiro, por que o dia não virá.
Pronto, vamos lá. Sua casa está mais alegre. Cores no hall. Mulheres, sempre. Minha atual linha bon vivant permite alguns flertes. Memorias recentes, onde estão? Meia hora sentado tentando a procura dessas lembranças. Nada.
Vamos lá. Tenho conhecidos que conheciam o outro, eu sou estranho agora. Mas a diversão hoje é a verdadeira comparada com a de ontem.

- Bartô, toma!- e um copo assim se fez na minha frente.
Olhei e vi-me naquele fundo etilico.
BTX², uma evolução da antiga bate-testa. Tomei. Meu amigo, oferece outro e sussurra em meu ouvido esquerdo:
- Bartô, toma.....a lucidez é uma mera questão de uma ordem lembrada, se não a lembranças não a nada......nem chão, nem olhos!- disse em uma voz suave e doce como a de um amante. Admito que desconfiei de suas intenções sexuais depois disso.
E tomei o segundo.


Os porões. A musica. As pessoas.
A musica inverteu o que já se encontrava invertido.
O porão com suas cores perambulantes que na verdade não existiam.
As pessoas que me aguarravam...desconfio que não eram pessoas, eram sombras, mas aguarravam mesmo assim.

Realmente.....não há mais chão!
A batida de um som adoradamente odiado em um passado recente, converge, condensa meus olhos. Tambem não existe mais olhos. Não existe o eu do meu outro. Eu era o outro do meu outro que por sua vez era eu.
Ludibriado por tudo...reverte bocas...sinto tesão...não sei quem está na minha frente, só sei que aquilo pegava em meu pau. Gemi de prazer, mas não de satisfactione...confuso.
Parar, mas não parava...derrepente eu estava enrabando alguém....corri pelo chão de marshimelow.....Hall de novo, com o terno desajustado, sem chapeu e com o pau de fora balançando. Patético. Fui ajudado, uma conhecida, agora amiga sabia.
- Poxa Bartô, tanto tempo que não o vejo e você nesse estado?
Ela ajuda-me a sentar, e disse em seu inglês perfeito:
- Go a ready Space's Monkey!- uma fala de filme querido.
Tudo treme, e não sei se foi por causa de meu entorpecimento, mas o chão abre. Harpas, um som divino sai desse buraco.

E assim fui tragado por ele.

Depois, era outro lugar....consegui abrir os olhos depois da queda.
Meu quarto. Eu estava lá. Por que?
Msn....mais bytes.
E algo aconteceu...


Eu aconteci! Eu!







ThiagO D.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

2046








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"Todas as lembranças tem um resquicio de lagrimas..."



- Você não pode se apaixonar por um adroide...você sabe!- ele fala com um gesto de desdém.
Não respondi.
Logico que eu já me apaixonei por uma androide. Sublime. Mas realmente é impossivel continuar.
Androides são prestativos demais.
"Sim."
"Me dá a mão!-Claro pois não."
"Me beija!-Claro pois não."
"Vira!-Claro pois não."
"Não fala comigo!-Claro, desculpa."
"Chupa!-Mas...Claro pois não."
"Eu não entendi!-Desculpe por não ter explicado melhor."
É engraçado por que milhares de pessoas busacam uma relação assim...e eu não reclamaria disso. Isso é maravilhoso.
Mas o impossivel que digo é:
Androides vivem mais tempo do que você!
Androides ultrapassam você quando for necessario!
Androides choram sinceramente, longe!
Androides viciam você, porque no fundo não passam de bytes, a melhor droga!
Androides desaparecem!

Assim como eu farei.


O trem me espera...


ThiagO D.

Filme Espelho da Semana






2046

Estou incrivelmente Intoxicado!
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. . . . .. .que bom.




toxico!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Urtiga como uma mera questão de..............conforto.

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Um dia descobri sua presença. Acordei depois de você, já era tarde. O sol bate, e você também.
Mas o que importa?
Mas hoje é diferente, não quero morrer aqui nessa cidadela, você pode perder o controle, e eu?
O gramado, meus pés descalços, meu braço cortado, minha cara inchada. Perigo. Amo você e não a dor. Acabou.
Minha mãe chora, eu choro e meus bichos tambem.
Cheguei!
Tempo foi e voltou e foi novamente.
A cura.
Te encontro novamente. Um botequim no centro dessa cidade grande é o local. Veneno é o que eu vejo, você está péssimo e eu tremo até a ultima carne.
Como eu pude te encontrar? Eu criei barreiras, fortaleci... e todos pagaram por isso, mas eu fiz mesmo assim.
Minha vontade é de quebrar uma garrafa torta em sua cuca. Medo, que medo. Acho que não aguentarei, correr. Isso!
Corro até a calçada, só a rua me falta.
O motor, acabou! O chão, meu lugar e novamente com o meu braço cortado, cara ralada, meus pé descalços, o asfalto.
Atropelou-me o rufante motor.






ThiagO D.


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terça-feira, janeiro 10, 2006

Uma antes de acordar a outra faz parar de acordar.

"A humanidade está sempre três uísques atrasada."
Humphrey Bogart
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"O Brasil é onde se fabrica o melhor uísque falsificado do mundo."
Orson Welles
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"Bebo porque é líquido, se fosse sólido come-lo-ia."
Frase atribuída à Jânio Quadros
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"Depois do primeiro, você se sente outro homem. Aí o outro homem em outro homem. Às três da manhã nem tua mãe te reconhece".
Millôr Fernandes
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"Não sabe que beber é uma morte lenta?"
"Mas quem é que está com pressa?"
Robert Benchley
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"Quando pensava em álcool, a conotação era camaradagem. Quando pensava em camaradagem, a conotação era álcool. Camaradagem e álcool era irmãos siameses. Sempre vinham juntos"
Jack
London
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I hate to advocate drugs, alcohol, violence, or insanity to anyone, but they've always worked for me!
Hunter S. Thompson (Gonzo)











"Olha, eu te amo ou te odeio....calma.........depois, depois......espera......aaahhh........agora sim eu posso te amar"
Bartô.
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segunda-feira, janeiro 09, 2006

3 lados.....alegria








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domingo, janeiro 08, 2006

A mente é uma coisa engraçada. Uma hora, outra hora.
O fortalicimento é estranho. Duas horas, outro dia.
Ontem destrui os meus espinhos, cantei e cantei. Dancei polka sobre meu caixão. Agora o vazio é uma vantagem minha que pode destruir todas as vertentes de minha vida.
Estranho de mim. Novo, eu alcancei. Choro pela amizade perdida, e até agora foram subtraidas duas, uma masculina e outra feminina.
Mas porque não sou mais o mesmo?
Porque não me desespero agora mesmo?
Porque eu não tenho mais condições ou motivos para chorar?
Novo. Novo...
Onde estão meus pesadelos? Que saudade deles.
O vazio é uma senhora sem rosto, mas estranhamente familiar.
Hoje eu cortei meus pulsos, mas não sangrei. Aliás, de ontem para hoje, tentei desesperadamente torturar-me sadicamente, beijei a mão de meu carrasco.
E nada.
Vazio.
Estou vivo hoje, sem sangrar.
E digo com certeza que a reclusão de nada adianta a aqueles que utilizaram do disturbio de sentimentos para se manterem bem. A fraquesa.
Rezo por essa pessoa reclusa. Pois ela cometerá o mesmo pecado de que eu sofri.
Agora eu.
Livre. Não mais Icaro. Simplesmente Bartô.
Sem asas de cera. Mas Com Longas Pernas.
Bartô.
Bartô.
Te amo meu NovO querido.

Bem
Bem
Bem

Estranhamente bem.






Esse é a ultima postagem de semi-biografia. E foram três com essa.




ThiagO D.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Morte horrorshow..

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI822747-EI5030,00.html
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http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI828951-EI1141,00.html
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e eu abrirei meu propio caixão.........

Ela que...

Culpa.
MAXIMA..
Lost..............................................................é a hora.

Depois.
Consegui ter o que eu realmente esperava, infelizmente. Liberdade.
A lança.
A tocha.
O lacaio.
Penetrei fundo nela...e agora ela se foi.
Se foi pelo nosso bem. Agora fico, pelo meu bem. Mas seguirei no caminho do ficcional, do não-verdade. Matei, ontem, um pedaço que me pertencia, agonizado. Sacrificio.
Mas de que a culpa prova-me do amargo sangue brotado,.... daquela...., inocente?
Respondo certo a essa confusa pergunta:
-Vale, e muito.
Acabo isso não com uma simples ponto final, mas sim, com a reticencias do infinito de nossas vidas.

Sentirei a sua falta, da presença, de você, do amor, da besteira, das brigas pela melhor musica, do olhar, do sorriso bobo, dos ataques noturnos, do sexo, da trepação, de fazer amor, da mão-na-mão, da saliva, do gozo, das gargalhadas, dos relatos sem graça sempre engraçados, da paixão, do beijo, do abraço, do cabelo em minha roupa, da locura.....de você, você, nós, amor...amor...amor....do amor.

As nuvens, claras e limpidas esperam-me, pois a terra deixei para trás.







...





THiagO D.