quarta-feira, maio 23, 2007

Certa vez uma pessoa me desejou feliz aniversario.
A incapacidade minha de agradecer aqueles votos foi explicito. O aniversario apresenta-se como o convite ao fim, um proximo fim.
Se ao menos fosse desprovido de nascimento, não obtivesse um umbigo, uma mãe.
Uma estrela não nasce, não é um acontecimento notório. Mas a sua morte é algo realmente impactante. Uma Supernova e logo em muitas vezes aparecerá o verme cosmico. O Buraco negro que funciona como o nosso tempo humanoide, dark hole, aquele que tudo engole, reponsavel por devorar a luz que uma vez ele já emitiu, responsavel destruir mundos que uma vez já favoreceu a vida.
Nas transformções diarias nós seremos todos engolidos por aquela que nós sempre veneramos, a vida.



Tiagho D.

sexta-feira, maio 18, 2007

Republica da Irlanda.



Abre aspas: Certa vez uma norte americana de cabelos rubros tomava café com uisque com J.Joyce com quem mantém um estreito relacionamento.
Sem assunto depois de uma longa discussão ela indaga o literario - Jay, na sua opinião qual o maior escritor vivo atualmente? - interrompendo o gole de seu gim Joyce levanta os olhos e naturalmente com uma cara pensante solta
- Além de mim, eu não sei -: Fecha aspas.








Tiagho D.

terça-feira, maio 15, 2007

Intervenção necessaria Actual.

Ao lado da banheira havia um calhamaço. 100 paginas

Na pagina 50 tinha duas fotos marcando a pagina que também continha um texto escrito:





Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês


Eu devia agradecer ao Senhor

Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73


Eu devia estar alegre e satisfeito

Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa

Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa

Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado

Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família ao Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos

Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco

É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal

E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar

Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador

Ah! Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar

Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador







-Pegaram?-

-Intervenção Clichêniana em meu tempo e espaço-





Tiagho d.

sábado, maio 12, 2007

Interior.

Basicamente não sou conhecedor dos quilometros.
Basicamente pertenço a um mundo restrito e impenetravel.
No fundo eu não consigo olhar, fitar, outro semelhante em seus olhos.
Escapa-me expressão.

Decidi então ir em busca da interiorização.
Da estrada. Dos sertões, dos intravanços, das alcateias nas relvas.

A rodovaria foi sua porta de entrada para tudo que aconteceria daquele momento em diante.
Vendedores de refrecos, petiscos, quinquilharias. Nada era de sua atenção.
Onibus vazio, uma dadiva do acaso.
O final de uma tarde já na estrada lhe presentiava com um espetaculo impar, já que havia tomado sua dose necessaria de ICE.
As cores em as nuvens e o sol rubro lhe supreendia aumentava a sensação de calunia ocular que ele suspeitava.

Eu nunca havia visto tão vasto colorido fora de um arco-iris. Digo, basicamente é a mesma cor.
Vanila. Pura.
E por isso eu vi todas, todas elas.
As nuvens tentavam inutilmente bloquiar a luz. Não, elas se alimentavam da luz do sol rubro, se alimentavam como espectros famintos. Mas aquelas palidas fofuras que se alimentava do sol rubro tinham sua forma e cor alterada, o tom de vanila, o ceu de vanila. E dessa forma elas colapsavam e deixavam transpassar os raios que ao sair das barreiras famintas pareciam um ato divino, o dedo de Deus.
Esses raios apontavam para as direções onde realmente deveria existir o tão sonhado ouro.
Maldito Arco-iris, enganador.
A geografia mudava a cada hora percorrida. A velocidade é doce. A frente, a estrada mas parece uma serpente negra rajada de amarelo cintilante.










Primeira parada.
Informações mil.



Não ainda. Descobri algo que não tenho medo de falar. Não tenho casa.







"Minha unica mãe é aquela que por dor me pariu. Minha patria é a sujeira na sola de minhas botas, isso basta!"

Birol Unel, ator de Contra Parede.

















Conto continua...












Tiagho D.

sexta-feira, maio 11, 2007

O coelho branco enfim sai com suas orelhas atiçadas pelos sons do mundo pós-apocaliptico.
Corre. Pra lá, pra cá. Sintileteando.
Sem medo. Não rapina. Não raposa.
Só o coelho.
O coelho e sua toca. E o mundo.
O unico animal do planeta.


Restou o coelho. Sem cenouras, sem raptores, liberto totalmente e intediado.


Tiagho D.

quinta-feira, maio 10, 2007

The Simpsons

Veja primeiro.


Abertura do episodio.


Depois


"A viagem de Homer"

segunda-feira, maio 07, 2007

Estrelas nos ombros.

Entre as sardas brancas daquele incrivel céu interiorano ela atravessa as ruas pacatas junto com os moradores do breú, os cachorros.
Uma hora atrás, ela despede-se daquele que a considerou uma perfeita mulher, ele despede-se daquela que o considerou o cara mais idiota que conheceu na vida.
Duas horas depois.
Seu destino era o desligamento total de suas inumeras lembranças, lembranças aquelas que desperta-lhe um sentimento de asco total.
A noite, a musica. Pretende mergulhar. Mergulhar na alegria barata.
O bar, Blue Fun. Diria que o nome é meio contraditorio.
Reduto rico e internacional da cidadela.
Entrada. - Oi! - Olá - Você veio linda?
Conhecidos, desconhecidos conhecidos dos seus conhecidos. E mais blá blá blá, era só o que podiam oferecer.
Ela nada podia fazer. Poderia dançar e esperar um alguem. Morena, linda, curvas e tatuagens.
Musica, algum eletronico pasteurizado qualquer. Ela avitsa um gajo muito do bello. Face avermelhada pelo calor, drogas e o sol. Corpo atletico, pessimo gosto para roupas. Mais ainda assim de uma beleza masculina impar.
Seu sorriso incontido em uma troca de olhares é o estopim para uma aproximação:
- Oi gata! - ela relevou o comentario e retrucou:
- E aí? Você não é daqui não é? - seu copo já não estava mais cheio.
- Não sou não, eu sou paranaense mas estou morando em Amsterdãn!- seu peito infla.
- Nossa, Holanda?- seu interesse aumenta.
- É, eu sou ciclista e vim participar de uma prova aqui na cidade. - seus dentes parecem mais brancos.
- E você está dormindo aonde? - sua imaginção aflora por um sexo semi-internacional.
- Estou na casa de uma amiga, aquela ali! - se braço aponta para a moça, mas não era isso que ele quer mostrar, seus musculos, braço, antibraço.
- Ah sim, (oi!)! - ela acena para a concorrente.
- Bom, eu vim falar como vc por que quero te perguntar algo.
- Sim, pode falar
- Você é lesbica?- sorriso mantido.
- Como é que é? - furia brotada.
- Eu queria te agitar para minha amiga, tem jeito?
- ...
- É porque vc tem essa tatuagem de estrela aí eu pensei que você fosse, você não é?
- Vai se foder!
- Calma, lá em Amsterdãn as lesbicas usam essa tatoo e...
- Amsterdãn o caralho! Você está em Americana filho da puta! - frustração e raiva são carregados pelos gritos que chamam a atenção de todos.
Enfim aqueles lhe ofereciam blá blá blá pode então oferecer algo a mais. Vingança.
O pseudo-holandês é levado para fora.
É incansavelmente espancado por seis rapagões. Tem suas pernas quebradas (a direita em dois lugares e a esquerda fratura esposta do fêmur) e saliva de nossa heroína em sua cara.





Tiagho D.

sexta-feira, maio 04, 2007

O oriente de mim.

Ela canta enquanto debocha
do podre/pobre sobre a cama.
Ele completamente atordoado.
Difuso em imagens e incensos de inumeros aromas.
Contudo, lucido até demais.
Ela não se importa, nunca demonstrou.
Sua dose minima de alegria e satisfação momentania
era o suficiente para atuarar o mundo
que lhe esperava pela manhã.
Ela canta.



Hong Kong Garden
Harmful elements in the air
symbols clashing everywhere
Reaps the fields of rice and reeds
while the population feeds

Junk floats on polluted water
an old custom to sell your daughter
Would you like number 23?
Leave your yens on the counter please
Hong Kong Garden

Tourists swarm to see your face
Confuscius has a puzzling grace

Disoriented you enter in
unleashing scent of wild jasmine

2046

Slanted eyes meet a new sunrise a race of bodies small in size
Chicken Chow
Mein and Chop Suey

Hong Kong Garden takeaway

Hong Kong Garden







Siboney, intoxicado. Transtornos na minha contemporaniedade.

Quem transtorna? Liberdade, prefiro acabar. Auto destruição.

Perfeito fim que seja.

Que seja.



Particulas circulam, circundam, desaparecem, evaporam. Digo que preciso, mas tudo que tenho são miudesas. Estragos. Tragos. Fargos.

electroma

A vida perdida. A juventude gasta. A memoria Maior. Um empregado, eterno. Sou empregado de minha vida. Sou empregado tercerisado de minha vida. A minha vida é minha dona e minha patroa, me paga mal e grita comigo ao me distrair. Os anos gastos são 'A Mais Valia'. Maldito Marx !

Falo uma lingua que não compreendo. Um estrenjeiro em mim. Em mim. Mim. Eu. E/-u