Fotos de um futuro velho autor quando jovem.

Foto do quase Eu por A. Rubenich

Preciso dizer algo sobre o tempo.
Dejà vu é algo diabólico, ainda que não alcoolisado. Vejo distorções temporais em minha frente.

Trasnlucido é aquele que dispensa o algo, o constante, o palpavel. Em troca ele abraça a oniciência, a energia pura. Energia pura ou através do sexo puro (no caso dos homens, o famigerado '5 minutos', tempo ávido para a cabeça, para o intelecto.) ou através das drogas, ou através da religião ou então através de si mesmo. Reclusão.

Caramba, vejo tudo em minha volta sem enchegar um palmo na frente com toda escuridade que circunda as duvidas do que realmente acontece comigo. O passado é algo já conhecido, futuro é algo copiado e copiado. Onde está 0 salvador? O escolhido que saiba lutar kung-fu e que curta trilha sonora futurista bacana? Onde está o novo Herói?
Completo o questionamento anterior com uma afirmção de que os herois estão mortos ou internados com artrite e osteoporose. E se o super-homem, o mito, tivesse alzheimer? Teria uma eterna e reduntante jornada de auto-conhecimento e afirmação de que era o escolhido, porém tudo se perderia em seu pleno esquecimento doentio. Uma versão triste de Prometeu aperfeiçoado. Um castigo eterno.

O mais triste é citar uma frase com mais de 30 anos p/ ilustrar o que digo:
"Nostalgia é a morte!" Bob Dylan.
Sacaram?


Viceras do presente me fazem nausear na companhia de vultos constantes do que passou.
Algo. Pelo menos algo.
Vide alguém. Mate-o(a).
Acabe com suas pretenções de algo grande como fulano fez. Não queire ser ele. A celebridade está morta. Você nunca será especial. Somos parte uniforme de uma grande merda cultural. Geração esquecida por todos que dela fazem parte.
Para o inferno com convicções imundas e pessoais. Para o diabo com essa historia de geração.
Não sou coletivo. Não. Sou uma unidade ou uma fração de meu ideal que seja. Mas não faço parte disso. Não tenho proposito.
O alcool. O prazer. As risadas. As dores. As drogas.
Tudo consegue enganar-me.
Meu intestino.

Não sei o que discuto é algo valido. Tudo está perdido. Virtuosamente escrito. O futuro que já vi.
O passado que teimo em estudar.
Fardo de está acabado. Todos nós.

Assinado:

Stephen Dedalus

Carta enviada por um qualquer sábio da vez.
Diria que ele está com a razão.

Tiagho D.