sexta-feira, março 09, 2007

Notas do Barthô.

Espaço reservado para observações, historias, crônicas e afins... do Barthô. Tema de hoje:

Psicodelía em negro.alví
(show no Museu do Ipiranga 25/01/07)


E lá estava todas aquelas pessoas molhadas e esgarçadas a espreita de uma banda em um palco qualquer.
Vejo tudo aquilo a distância, odeio musícos, amo a musica, lembro até do incidente que tive com um fulano rotulado de Arnaldo Antunes ..mas não vem ao caso.
Não há muita coisa a dizer da primeira banda diurna. O dia distância tudo e a banda parecia tocar como se estivesse em Recife.
Maconha, "padê" e pinga colorida para todos aqueles que também seguiam para terra do frevo através de atabaques e guitarras distorcidas..

Malditos musicos.

Lembro de uma certa ocasião que conversei com o unico musico de quem tenho um profundo inojado.apreço...
Tomando meu café em um boteco chique qualquer. Lendo a bula de um anti-inflamatorio que tomava na epoca. Sem mais, sinto uma presença que me observava ao lado de minha mesa.
Era Tom Zé.
Pensei logo -"Ah merda! Mais um tropicalista metido a besta não!"- pensamento pensado disparo um olhar de uma letaleza só para questionar sem palavras o que o sr. Zé fazia ali.
Felizmente ele percebeu.
E se justificou:
- (sotaque indecifravavel) Olhe menino, eu não sou muito fã não de tatuagens, tá me entendendo? Mas a sua - apontando p/ o meu braço direito - tatuagem é muito massa!

A minha resposta para esse, digamos, infortuno só foi possivel por
conta de um possível efeito colateral do anti-inflamatório-inflamável.
Respondo:
- Te pago um café. Senta logo!
Depois disso não me lembro de mais nada, nem da conversa nem
dos cafés... só de palavras soltas, do tipo: buceta, merda, natural, descaléticavel, ambidestro entre outras.
Foram duas horas.


As vezes eu acho:
Aqueles lêem-me não conseguem acompanhar o maldito fluxo de pensamento que me meto a escrever, então prometo que irei mais devagar. Afinal velocidade não combina com cabeça estacionada.


Os mundanos geriátricos.
Quero fazer uma ressalva aqui. Desde de criança escutei essa banda que finalizou a noite da independência. Então o que se passou nesse show em particular não quero relatar por motivos obvios.
Fica uma letra no lugar do relato:

" Amei a velocidade
Casei com 7 planetas
Por filho, cor e espaço
Não me tenho nem me faço
A rota do ano-luz
Calculo dentro do passo
Minha dor é cicatriz
Minha morte não me quis

Astronauta...

Nos braços de 2.000 anos
Eu nasci sem ter idade
Sou casado sou solteiro
Sou baiano e estrangeiro
Meu sangue é de gasolina
Correndo não tenho mágoa
Meu peito é de sal de fruta
Fervendo num copo d'água

Astronauta... "


Barthô.

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