Black Mina´s travel
Continuação de um conto que ainda não existe...
De minha parte achei fabulosa aquela resposta, porém, so sad.
Então na rodoviaria deixei bem claro que: "Estou indo só para resolver umas paradas aí" (leia-se nas entre linhas cobrar, ameaçar e ser ameaçado).
E no alto de seu olhar destro ela se despede com todo calor de uma geleira inteira..."Tomara que você nunca mais volte de lá Barthô, você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida!", a porta do onibus fecha-se diante mim, parado nos degrais da entrada do onibus, sem.graça e desnudo por escutar tamanho tapa.moral.
4:35am
Enfim chego, está tudo em uma cortina palida/calida, neblina..
- Ei camarada! Tem lugar p/ ficar? - se ele não tivesse o sotaque mineiro eu juraria que era um boliviano que abordará logo depois de descer.
- Lugar? Não, o que você sugere Paco?
- Rs... Oíah, me nome é Firmino, tem a pousada do Oremó , que dá uma oíadinha?
- Quanto?- pergunto antes dele dar as costasp/ apontar o caminho.
- 40 conto a diaria. Quarto limpinho, banheiro, por 60 podemos servir outras coisas...
Nem presciso dizer que concordei com a oferta do boliviano.Firmino? Preciso?
O sol levantou.
Pego tudo que preciso e vou atrás de que me importa.
Ao que parece ela não mora mais nessa cidade, ao que parece.
Sei que ela está aqui, morando no meio do mato, isso porque depois que fui embora me disseram que ela havia 'virado' rajneesh, natureba e todas essas bobagens de cidade grande (ela era de Recife e reclusou-se há dois anos dizendo-me: "que eu tinha que mudar, que o quente é viajar, cabelo grande é o astral e amor agora é grupal!".
Passo enfrente do cemiterio onde não há mortos, subo a colina. Está lá o casebre de sempre, o casebre do Faraó. Mas só o casebre sem a bicho-grillo que procuro.
Passo enfrente da igreja onde não há Cristo, viro a esquina. Está lá a biroska de sempre, fechado assim como tudo que procuro.
Embora o nada resultou em nada até o momento, o meu vicio começa a latejar, então é hora de recorrer o peruano.Firmino.Ramirez.
- Olha, aqui tem 50 e eu gostaria de tudo o que você pode conseguir com ela.
-hummm- esse som me soou tão estranho como uma musica do Astake.
O Paco.mineiro vai em busca do que lhe pedi, fico ali no meu quarto.
Sinto cheiro de Jasmin, a porta se auto bati para chamar-me a atenção de que tem alguem querendo falar comigo ou com alguém que esteja no quarto também, olho, ninguém no quarto só a minha sombra, talvez a pessoa-de-fora queira falar com a sombra de dentro, mas por que a porta não se auto bateu p/ chamar a atenção da sombra?
Delirando abro a masô.porta.
- Olá seu merda...
Eu só olhei, e ela ali.
Eu com a mochila nas costas ela continua...
- Olá, a sua busca terminou, seu bosta!
- Não, ela sempre continuará pela minha miseravel tolice!
Continua acima. A noite.
.
.
.
.
.
.
Tiagho D.
Nenhum comentário:
Postar um comentário